terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A Minha Passagem por uma Clinica e não só.........

Entrei hoje na Clínica de Santo António da Reboleira.
A minha entrada deveu-se para ser submetida a duas cirurgias, uma , um nódulo do peito que pelo médico já atingia as dimensões de uma bola de ping-pong, ou seja, já bastante grande de há dois anos para cá.
A segunda foi á barriga aproveitando para fazer uma plástica devido ao meu emagrecimento muito repentino. Como a idade (42 anos) já não perdoa, as peles ficaram depois do emagrecimneto.
Em casa nesse dia de 5 de janeiro, tinha, nao medo, mas sentia uma estranha senssação de não voltara a acordar da anestesia, acredito que seja uma senssação de que toda a gente deve sentir e como foi a minha primeira vez desde há quase vinte anos (a 1ª foi no Parto da Patty uma vez que nasceu de cesariana) a idade aumentou desde então e penso que os receios aumentam com a idade, estamos mais conscientes do que poderá acontecer. Maz felizmente tudo correu bem, acordei, meio atordoada é claro, mas acordei e isso foi o momento mais feliz desta operação, o de saber que tinha acordado. No recoubro fiquei horas infinitas, das quais perdi a noção do tempo, uma vez que passei-as quase todas a dormir, atordoada, mas felizmente sem dores. Perdi o dia de terça-feira, perdi a noção do tempo, acordei quarta-feira com a vinda do médico, pensando que fosse terça, lembro-me de ter falado com as minhas irmãs, sobrinha e filha, mas sinceramente o dia, nao sei qual foi, deve ter sido terça à noite porque lembro-me de ainda estarem os estores abertos e lá fora estava noite cerrada.
A visita do meu médico trouxe-me à realidade, disse-me que era quarta-feira e sairia só na quinta-feira, tirou os drenos, o soro, o antibiótico e obrigou-me a andar, coisa que fiz assim que ele saiu, fui passear pelos corredores, voltei ao quarto e vim buscar luvas e blusão para ir à rua, e foi o que fiz, estava a precisar de ar fresco, mesmo estando gelo la fora, senti-me renascer com o ar fresco.
O pequeno almoço foi de 5 estrelas, deram-m de tudo e tudo devorei, pois nao comia há dois dias.
Voltei a sair, para me obrigar a andar pois neste momento as dores são quase nulas e tenho de aproveitar esse facto, o Pedro chegou na visita das onze, fomos ao bar. Às doze foi o almoço, tambem esse com tudo, e muito bem servido, fui mais uma vez obrigar-me a andar, fui á rua, voltei e fui ao bar beber café, voltei ao quarto lavei os dentes e estou aqui deitada mais uma vez a escrever para não esquecer a minha passagem por aqui, onde todas e todos os funcionários, tanto enfermeiros como pessoal em geral, são extraordinários, todos sem excepção. Estão sempre a oferecer ajuda por qualquer coisa de que necessitamos.
Telefonei à minha filhota mas noa me atendeu, queria falar com ela, ouvir a sua voz, mas como telefonei do telefone do pai, será que não quiz atender ou nao terá mesmo ouvido o telefone tocar.
Sinto tanto a sua falta, ela pelos vistos não tem noção do quanto me faz falta.
Sonhei com ela esta noite, penso que terá sido mais um pesadelo, porque uma vez maisa a grecividade dela para comigo esteve sempre presente, o que me deixava a chorar e a pensar o porquê uma vez que eu estava em casa, debilitada sem poder me mexer e ela ao invés de me falar, gritava comigo.
Não entendi o sonho que para mim foi mais um pesadelo, ainda bem que fui acordada pelo médico, foi, considero, uma dávida, porque o pesadelo acabou e não quis mais adormecer com receio de voltar a sonhar.
Estou aqui, deitada e a pensar nela, amanhã está previsto ir almoçar com o pai, pelo menos assim estava combinado, mas como irei sair, será provável que não se irão encontrar, pois ele terá de estar cá na hora das visitas das 11.00h, porque pelo que o médico me disse sairei nessa hora.
Com pena minha o almoço ewntre ela e o pai terá de ser adiado, precisam de falar, de estarem juntos para aliviarem as mágoas existentes entre ambos.
O facto de estar aqui de certa maneira me faz bem, da-me tempo para escrever e pensar.
Depois de curada quero fazer uma viagem sózinha sem ninguém, tenho de por a minha cabeça em ordem, pensar no que farei da minha vida futura, como esposa.
A Chama para com o Pedro foi-se apagando ao longo dos anos em comum, fiquei muitas vezes sózinha, e uma dessas vezes estava grávida da Patty, ele viajou muito deixando-me sózinha, o que com que a chama se tenha extinguido, até que hoje já não tenho certezas nenhumas em relação aos meus sentimentos por ele.
Ele pediu-me para não pedir o divórcio porque me ama muito ainda, que represento tudo na vida dele, por isso essa viagem vai-me de certeza ajudar a relectir sobre aquilo que sinto ainda ou não por ele.
De momento o que sinto é respeito, pois trata-se de o pai das minhas filhas e uma grande amizade é tudo o que resta porque estamos há 26 anos juntos, uma vida em comun on de a amizade ainda a sinto, mas o Amor, a chama, esses sentimentos foram-se para sempre.
Quando o vejo, não há aquela falta de ar, aquela alegria, em que ficamos com o coração a bater a 1000 á hora, isso deixou de existir em mim, foram muitos anos sózinha e depois sózinha com as minhas filhas, só eramos nós as três, a Patty, a Mafalda e eu. Ele continuava a viajar durante semanas, deixando-nos sózinhas, viajou pelo Mundo, o que fez com que nós as três nos tornamos mais próximas e a minha chama por ele diminuindo, passando para elas mais forte.
Por isso e muito mais esta viagem irá me fazer bem, espero eu.
O facto de estar sózinha irá ajudar-me a por as ideias em ordem e a chegar a uma conclusão sobre o futuro da minha vida.
Tem sido o meu maior amigo, te-me dado a ajuda preciosa de que tenho necessitado nestes ultimos meses, tem sido paciente em todos os aspectos, isso realmente só prova o Amor dele por mim, tem-me dado provas desses Amor dia-adia, isso não poderei nunca esquecer.
Tem mudado desde que a Patty saiu de casa, tem tomado as rédeas da casa o que me tem ajudado immenso e sem dúvida tenho de reconhcer o apoio, de certa maneira está a tentar recuperar o tempo perdido comigo e com as filhas mais novas. Infelizmente a Patty não tem visto a mudança, sim, porque ele mudou e muito desde aquela noite em que falamos os três, esta mudança tem-nos feito bem a todos os que estão cá em casa, ou seja, as minhas filhotas a ele e a mim.
Obrigado Meu Amigo, Meu Marido.
Anna que te adora

domingo, 4 de janeiro de 2009

Provação de Mãe

Estou a passar uma das piores provações de que uma mãe pode passar, a de não se ter percebido que a sua própria filha não se sente bem em casa, onde por norma seria em casa que ela encontraria o seu refúgio, a protecção necessária de poder vir a necessitar.
Pelo contrário, sair de casa, embora nem ela nem eu saibamos se será ou não por muito tempo, mas depressa do que espero irá sair para sempre.
Será mesmo este o destino que terei de enfrentar, ter que deixar sair de casa uma filha que aínda nem começou a lutar pela vida lá fora, que não sabe as provações que irá ter de passar.
É claro que mãe é mãe até ao fim de sua vida, e estarei aqui, sempre que ela necessitar de apoio, apoio esse, incondicional de mãe para filha, esse será sempre o meu objectivo como mãe, o de estar presente para ela, quando ela vier ter comigo.
Beijos da mãe Linda

Pais/Filhos a Luta de Sobrevivência de Ambos

Dizem que o Amor é o mais delicioso dos sofriementos, e é verdade, seja ele qual for o Amor.
Seja de namorados, casados ou o mais doloroso ainda, o de pais para filhos.
Este último é o Amor Eterno que nos faz de alguma maneira sofrer até chegar-mos á nossa hora de partir.(morrer).
Relativamente à mãe, o filho terá sempre (por mais que se possa tambem dizer que não)uma ligação muito mais forte porque é gerado no seu ventre, logo aí passa a existir uma cumplicidade logo nos primeiros meses de gestação.
Chega a hora do nascimento, e pela primeira vez o sofrimento de mãe pelo seu filho, começa aí.
O nascimento tão desejado, o facto de poder-mos ver finalmente o Ser lindo que estava "escondido" dentro de nós.
A Paixão, o Amor Eterno e aquela loucura de que tudo seremos capazes de fazer para proteger aquele Ser tão inocente, começa aí.
O tempo passa, como sempre depressa demais, crescem como a rapidez da luz a passar, quando nos aprecebemos, estamos num labirinto de ideias não trocadas, palavras que não foram ditas nem escritas, assuntos inacabados ou que nem sequer foram retratados.
A vida passa sem sequer nos apercebermos-nos de que os nossos filhos sem o querer se viram obrigados, por uma ou outra razão, a evoluirem intelectualmente depressa demais para as suas tenras idades.
Ao crescerem, o seu sofrimento é uma agonia sem precedentes, de que nós pais não nos aprebemos, são muitas vezes incompreendidos, sentem-se muitas vezes à margem de tudo e de todos aqueles que os rodeiam, não encontrando por isso o equilíbrio que tando procuram e necessitam, e acreditam inevitavelmente que isso nunca será sequer a resposta ao aperto, ao sufoco em que se encontram.
Procuram as perguntas onde logo à partida julgam não encontrar a resposta, dando as perguntas como desnecessárias.
Os seus objectivos de vida futura acabam eles também por passar para segundo plano, uma vez que nem sequer isso têm como dado adquirido, dado que a hipótese nunca se pôs sequer e onde a dúvida sempre esteve presente.
Dão sinais do seu desespero e incompreensão, deixam escritos para serem lidos porque a coragem para falar está apertada na garganta como se já lá se encontra-se a corda para acabar de uma vez com o desespero em que se encontram.
Sentimos que nos fogem das mãos como areia, quase que deixamos de ter o domínio da situação em que nos encontramos. O medo invade-nos tambem, o desespero penetra dentro de nós como navalhas afiadas, golpes difíceis de entender, feridas que se irão curar com o tempo, mas difíceis de suportar.
O Amor pelos filhos é sem dúvida o mais delicioso dos sofrimentos.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

UM DIA PARA RELEMBRAR


Hoje foi um dia diferente daqueles a que estou habituada a ter.

O facto de estar com a minha irmã, trabalhar junto dela, deu-me uma alegia sem precedentes. Embora seja trabalho árduo, fizemo-lo sempre com ânimo, alegria e cumplicidade, aquela cumplicidade existente entre nós que pensava-mos ter perdido.

Não pensei, nao andei a vaguear com a minha mente em pensamentos obscuros que tentam sempre invadir-me.

Nao, nada disso, hoje aconteceu o que para mim foi um passo à frente para me sentir inteira e capaz, capaz em ajudar, em fazer e em transmitir alegria e recebe-la.

O factor crucial para completar esta alegria foi o facto de a minha filha estar ao meu lado a rir, a brincar e nunca deixando de ajudar também.

Trabalhamos a 100 à hora (quase) mas foi um dia inesquecível.

Obrigado Elisa por me teres proporcionado este dia, por teres insistindo comigo para ir ter contigo.

Foi sem dúvida alguma, um dia para ficar registado.

Anna

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Diamante em Bruto


Sem saber fui ficando mais distante de todos aqueles de quem gostava e amava.

A solidão invadiu-me sem que me aprecebesse e desejasse.

Perdi tudo aquilo que para mim como mulher e mãe considerava o mais preciso diamante em bruto que podemos ter nas mãos.

Tinha-o como dado adquirido nunca pensando que algum dia o pudesse perder para nunca mais o voltar a ter.

Anna

domingo, 23 de novembro de 2008

Amor da minha vida

Foto:Lisa


Perdi o Amor mais profundo da minha vida.

As sombras continuarão e a sua voz irá desvanecer-se das nossas mentes, o seu sorriso, a sua maneira de brincar connosco, a sua paciência, o seu jeito de nos fazer rir, tudo aquilo que ela representava para nós, espero que tudo isso nunca, mas nunca nos iremos esquecer, nao quero esquecer o meu Amor, nao posso esquecer e nao devo esquecer.

Preciso dela para continuar a educar as netas, preciso dela sempre que tenha dificuldade em fazer alguma coisa que para ela nunca foi dificil, preciso dela para poder descansar quando chegar a minha hora de dizer adeus.


Anna

sábado, 22 de novembro de 2008

Cristal mudo


Acabei de acordar
De coração vazio

Vejo o meu destino

Olhar para mim

Como um cristal mudo e negro


Sei que irei partir com o teu olhar nos meus olhos

Mas antes irei gritar o teu nome mãe

Ao mundo inteiro

Gritar o amor que queima meus lábios..



Poéma de Lisa ( minha irmã)que me foi dedicado.



Anna